Functional dyspepsia: Physiology, diagnosis and treatment

Flexible coping psychotherapy for functional dyspeptic patients: a randomized, controlled trial

OBJECTIVE

This study tested the efficacy of a new psychotherapy, flexible coping psychotherapy (FCP), specifically designed for enhancing coping flexibility of patients with functional dyspepsia (FD). The design of this psychotherapy is based on the general cognitive-behavioral model and previous findings on FD.

METHODS

We adopted a randomized, controlled design to examine the differences between the target (FCP) and control (supportive psychotherapy [SPP]) conditions. Coping flexibility and outcome measures reported by 75 Chinese FD patients (18-65 years; 35% men) were assessed before and 12 months after treatment.

RESULTS

Results revealed that participants who received the FCP reported an increase in coping flexibility as well as reductions in self-rated dyspeptic symptom severity (SDSS), gastroenterologist-rated dyspeptic symptom severity, and anxiety levels (p values <.01). Participants who received the SPP reported reductions in SDSS and anxiety levels (p values <.0001). Although both groups reported a decrease in SDSS, only the SDSS level of the FCP group was comparable to that of a healthy community sample (p = .28).

CONCLUSIONS

These findings suggest that FCP is a potentially effective intervention for treating FD symptoms. Its effectiveness may be attributable to the specific components of FCP rather than common psychotherapeutic factors such as emotional support and empathy per se.

Dispepsia funcional e depressão como fator associado

OBJETIVO: Avaliar a associação entre depressão e dispepsia funcional. PACIENTES E MÉTODOS: Estudo transversal onde foram avaliados 348 pacientes com diagnóstico de dispepsia no Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital Universitário de Pelotas, RS, cidade de médio porte do sul do Brasil, durante o período de 1 ano (de março de 2001 a março de 2002). Após o diagnóstico de dispepsia avaliou-se a presença de depressão, tanto em pacientes com dispepsia funcional, quanto naqueles com dispepsia orgânica. Utilizou-se a análise univariada para descrição das freqüências das variáveis de interesse e da análise bivariada, com o teste qui-quadrado, para comparação entre proporções das variáveis categóricas. A técnica da regressão logística foi utilizada para estabelecer a chance dos pacientes com depressão apresentarem dispepsia funcional e para controlar o efeito das variáveis intervenientes sobre a variável de desfecho RESULTADOS: Evidenciaram maior prevalência de deprimidos entre os pacientes com dispepsia funcional (30,4%) em relação àqueles com dispepsia orgânica (11,2%). As mulheres apresentaram maior chance de dispepsia funcional (OR: 1,74, IC 95%, 1,05-2,89) e, em relação à idade, os intervalos entre 31 e 50 anos (OR: 0,28 IC 95%, 0,13-0,54) e de 51 a 60 anos (OR: 0,41, IC 95%, 0,17-0,96) mostraram efeito protetor, ou seja, indivíduos nessas faixas etárias têm menor risco de apresentar dispepsia funcional. Após a análise multivariada, pacientes deprimidos apresentaram chance três vezes maior de co-morbidade com dispepsia funcional do que pacientes não-deprimidos (OR 3,13; IC 95%; 1,71-5,74).