Unusual heterogeneity of circulating prolactin in an acromegalic

Clinical and radiological findings in macroprolactinemia

Hyperprolactinemia is the most common abnormality of the hypothalamic-pituitary axis. The aim of this study was to investigate the clinical and radiological features of patients with macroprolactinemia. The study population consisted of patients with elevated serum prolactin (PRL) concentrations who presented to our Endocrinology outpatient clinic. Detection of macroprolactin (macroPRL) was performed using the polyethylene glycol precipitation method. Patients in which macroPRL made up more than 60% of total PRL levels were stratified into the macroPRL group, while the remaining patients were placed in the monomeric prolactin (monoPRL) group. A total of 337 patients were enrolled with a mean age of 33.8 ± 10.8 (16-66) years and a male/female ratio of 29/308. Eighty-eight of the patients (26.1%) had an elevated macroPRL level. The mean age in the monoPRL group was higher than in the macroPRL group (35.0 ± 10.1 vs. 30.7 ± 9.8, P = 0.016). The mean PRL levels (ng/ml) in the macroPRL and monoPRL groups were similar (168.0 ± 347.0 vs. 238.8 ± 584.9, P = 0.239). Frequency of amenorrhea, infertility, irregular menses, gynecomastia, and erectile dysfunction were also similar in both groups. More patients in the macroPRL group were asymptomatic compared to the monoPRL group (30.2 vs. 12.0%, P = 0.006). Compared to the macroPRL group, the monoPRL group had a higher frequency of galactorrhea (39.2 vs. 57.1%, P = 0.04) and abnormal magnetic resonance imaging findings (65.3 vs. 81.1%, P = 0.02). Elevated macroPRL levels should be considered a pathological biochemical variant of hyperprolactinemia that may present with any of the conventional symptoms and radiological findings generally associated with elevated PRL levels.

Prevalência da macroprolactinemia entre 115 pacientes com hiperprolactinemia

Macroprolactinemia caracteriza-se pelo predomínio no soro de uma prolactina (PRL) de alto peso molecular e baixa atividade biológica que não requer tratamento. A prevalência de macroprolactinemia foi avaliada em 115 pacientes consecutivos com hiperprolactinemia. Entre eles, 19 (16,5%) tinham exclusivamente macroprolactinemia, 4 (3,5%) síndrome dos ovários policísticos, 7 (6,1%) acromegalia, 8 (6,9%) hiperprolactinemia idiopática, 10 (8,7%) hipotiroidismo primário, 14 (12,2%) adenomas clinicamente não-funcionantes, 20 (17,4%) hiperprolactinemia farmacológica e 33 (28,7%) prolactinomas. O diagnóstico de macroprolactinemia foi estabelecido pela obtenção de uma recuperação da PRL < 30% após tratamento do soro com polietilenoglicol. Dentre os 19 pacientes com macroprolactinemia isolada, 16 (84,2%) eram mulheres e 12 (63,2%) eram assintomáticos, enquanto 4 (21%) tinham oligomenorréia e 3 (15,8%), galactorréia. Em contraste, apenas 11,5% dos indivíduos com outras causas de hiperprolactinemia eram assintomáticos (p< 0,001). Os níveis de PRL nos casos de macroprolactinemia variaram de 45,1 a 404 ng/mL (média de 113,3 ± 94,5), mas em 15 (78,9%) foram < 100 ng/mL. Nossos achados demonstram que macroprolactinemia é uma condição freqüente e, assim, sugerimos que seja rotineiramente pesquisada em pacientes com hiperprolactinemia.

Armadilhas no diagnóstico da hiperprolactinemia

Na abordagem diagnóstica da hiperprolactinemia, três armadilhas ou problemas potenciais merecem uma atenção especial: os incidentalomas hipofisários (presentes em 10% da população adulta à ressonância magnética), o efeito gancho e a macroprolactinemia. O efeito gancho se caracteriza pela presença de níveis falsamente baixos de prolactina (PRL), quando se empregam imunoensaios de dois sítios em pacientes com grandes prolactinomas e hiperprolactinemia muito acentuada. O efeito gancho pode ser identificado através de uma nova dosagem da PRL após diluição do soro a 1:100, quando se observará um aumento dramático do valor da PRL. Ele deve ser excluído em qualquer paciente com um macroadenoma e níveis séricos de PRL <200ng/mL. A macroprolactinemia responde por cerca de 10% dos casos de hiperprolactinemia. Resulta de um excesso de PRL polimérica (macroprolactina ou big big prolactin), cuja biodisponibilidade é diminuída. Assim, a maioria dos pacientes com macroprolactinemia não apresenta os sintomas clássicos da hiperprolactinemia e habitualmente não requerem tratamento.