Reis JF, Gonçalves AV, Brás PG, Moreira RI, Rio P, Timóteo AT, Soares RM, Ferreira RC. Capacidade Preditiva dos Parâmetros do Teste de Esforço Cardiopulmonar em Pacientes com Insuficiência Cardíaca em Terapia de Ressincronização Cardíaca.
Arq Bras Cardiol 2022;
119:413-423. [PMID:
35857944 PMCID:
PMC9438531 DOI:
10.36660/abc.20210620]
[Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Download PDF] [Figures] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Received: 07/21/2021] [Accepted: 01/26/2022] [Indexed: 11/18/2022] Open
Abstract
Fundamento
Há evidências sugerindo que um corte do pico de consumo de oxigênio (pVO2) de 10ml/kg/min fornece uma estratificação de risco mais precisa em pacientes com Terapia de Ressincronização Cardíaca (TRC).
Objetivo
Comparar o poder prognóstico de vários parâmetros do teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) nesta população e avaliar a capacidade discriminativa dos valores de corte de pVO2 recomendados pelas diretrizes.
Métodos
Avaliação prospectiva de uma série consecutiva de pacientes com insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção do ventrículo esquerdo ≤40%. O desfecho primário foi um composto de morte cardíaca e transplante cardíaco urgente (TC) nos primeiros 24 meses de acompanhamento, e foi analisado por vários parâmetros do TCPE para a maior área sob a curva (AUC) no grupo TRC. Uma análise de sobrevida foi realizada para avaliar a estratificação de risco fornecida por vários pontos de corte diferentes. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos.
Resultados
Um total de 450 pacientes com IC, dos quais 114 possuíam aparelho de TRC. Esses pacientes apresentaram um perfil de risco basal mais alto, mas não houve diferença em relação ao desfecho primário (13,2% vs 11,6%, p = 0,660). A pressão expiratória de dióxido de carbono no limiar anaeróbico (PETCO2AT) teve o maior valor de AUC, que foi significativamente maior do que o de pVO2 no grupo TRC (0,951 vs 0,778, p = 0,046). O valor de corte de pVO2 atualmente recomendado forneceu uma estratificação de risco precisa nesse cenário (p <0,001), e o valor de corte sugerido de 10 ml/min/kg não melhorou a discriminação de risco em pacientes com dispositivos (p = 0,772).
Conclusão
A PETCO2AT pode superar o poder prognóstico do pVO2 para eventos adversos em pacientes com TRC. O ponto de corte de pVO2 recomendado pelas diretrizes atuais pode estratificar precisamente o risco dessa população.
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