Thyroid Carcinoma During Childhood and Adolescence:

Outcome after high-dose radioiodine therapy for advanced differentiated thyroid carcinoma in childhood

OBJECTIVE

To evaluate the clinical outcome in childhood patients receiving postoperative high-dose radioiodine therapy for advanced differentiated thyroid carcinoma.

METHOD

Patients under 18 years old with neck diseases (n = 4) or distant metastases (n = 10) received postoperative radioiodine ablation and repeated treatments for a median of 2 (0.8 10) years with an averaged activity of 25.0 (7.0 72.2) GBq.

RESULTS

Partial remission was achieved in 6, stable disease in 6 and progressive disease in 2 patients, without severe side effects except for two Grade 1 and one Grade 2 WHO haematological toxicity. The median survival time from diagnosis to the last treatment sessions was 5.3 (range, 0.7 14.5) years.

CONCLUSION

High-dose radioiodine treatment was well tolerated with satisfactory outcome in childhood patients with advanced differentiated thyroid carcinoma.

Carcinoma de tireóide na infância e adolescência

Aproximadamente 10% das neoplasias de tireóide aparecem abaixo dos 21 anos e representam 3% das neoplasias da infância, com predomínio em meninas (2F:1M). São papilíferos em 90% casos e mais freqüentemente bilaterais, multifocais e de maior dimensão. Invasão de cápsula e metástases ganglionar ou pulmonar são mais freqüentes que no adulto. O efeito carcinogênico da radiação é especialmente importante na criança pré-púbere. Em 5% dos casos de PTC existe história familial. Genes como o RET/PTC, RAS e BRAF estão habitualmente envolvidos na gênese do processo. A apresentação clínica pode ser nódulo cervical (90% casos) sem que represente um fator de pior prognóstico. O US e a PAAF são procedimentos diagnósticos valiosos. O tratamento deve ser cirúrgico (tireoidectomia total com esvaziamento ganglionar) seguido de PCI e radioterapia ablativa. A substituição com L-tiroxina deve objetivar a supressão crônica do TSH. O prognóstico ao longo prazo é melhor que no adulto. A quantificação da Tg plasmática também é útil na detecção da doença residual.