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Florence AC, Bocalini M, Cabrini D, Tanzi R, Funaro M, Jordan G, Davidson L, Drake R, Montenegro C, Yasui S. State of the Art of Participatory and User-led Research in Mental Health in Brazil: A Scoping Review. Glob Ment Health (Camb) 2023; 10:gmh.2023.12. [PMID: 37808272 PMCID: PMC7615179 DOI: 10.1017/gmh.2023.12] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Key Words] [Grants] [Track Full Text] [Figures] [Journal Information] [Submit a Manuscript] [Subscribe] [Scholar Register] [Received: 01/04/2023] [Revised: 03/16/2023] [Accepted: 03/21/2023] [Indexed: 10/10/2023] Open
Abstract
Background Participatory research denotes the engagement and meaningful involvement of the community of interest across multiple stages of investigation, from design to data collection, analysis, and publication. Traditionally, people with first-hand experience of psychiatric diagnoses, services users and those living with a psychosocial disability have been seen objects rather than agents of research and knowledge production. This, despite the ethical and practical benefits of their involvement. The state of the art of knowledge about participatory research in mental health Brazil is poorly understood outside of its local context. The purpose of this article was to conduct a scoping review of participatory and user-led research in mental health in Brazil. Findings We identified 20 articles that met eligibility criteria. Participation in research was not treated as separate from participation in shaping mental health policy, driving care, or the broader right to fully participate in societal life and enjoy social and civil rights. Studies identified several obstacles to full participation, including the biomedical model, primacy of academic and scientific knowledge, and systemic barriers. Our extraction, charting, and synthesis yielded four themes: power, knowledge, autonomy, and empowerment. Implications of the work Participation in this context must address the intersecting vulnerabilities experienced by those who are both Brazilian and labeled as having a mental illness. Participatory research and Global South leadership must foreground local epistemologies that can contribute to the global debate about participation and mental health research.
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Affiliation(s)
- Ana Carolina Florence
- Department of Psychiatry, Columbia University, New York, NY, USA
- New York State Psychiatric Institute, New York, NY, USA
| | - Mateus Bocalini
- Department of Social Psychology, State University of São Paulo (UNESP/Assis), Assis, Brazil
| | - Daniela Cabrini
- Department of Social Psychology, State University of São Paulo (UNESP/Assis), Assis, Brazil
| | - Rita Tanzi
- Department of Social Psychology, State University of São Paulo (UNESP/Assis), Assis, Brazil
| | - Melissa Funaro
- Harvey Cushing/John Hay Whitney Medical Library, Yale University, New Haven, CT, USA
| | - Gerald Jordan
- School of Psychology, Institute for Mental Health, University of Birmingham, Birmingham, UK
| | - Larry Davidson
- Yale Program for Recovery and Community Health, New Haven, CT, USA
| | - Robert Drake
- Department of Psychiatry, Columbia University, New York, NY, USA
| | - Cristian Montenegro
- Wellcome Centre for Cultures and Environments of Health, University of Exeter, Exeter, UK
| | - Silvio Yasui
- Department of Social Psychology, State University of São Paulo (UNESP/Assis), Assis, Brazil
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Medeiros VHR, Moreira MIB. Os sentidos dos cuidados em saúde mental a partir de encontros e relatos de usuários de um CAPS. SAUDE E SOCIEDADE 2022. [DOI: 10.1590/s0104-12902021210094] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/22/2022] Open
Abstract
Resumo Este artigo apresenta a criação de serviços comunitários em ampla rede e políticas públicas brasileiras no campo da saúde mental, fundamentais para a análise do cuidado nos serviços. O objetivo é analisar a concepção do cuidado em saúde mental por meio da contribuição dos usuários e do entendimento de seus modos de fazer saúde mental. Dessa forma, contribui para o diálogo entre a desinstitucionalização e o panorama atual da saúde mental, com base em experiência de inspiração etnográfica. A metodologia, de natureza qualitativa, teve como componente a observação participante, diários de campo e encontro de grupo focal em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III, em Santos, município litorâneo no estado de São Paulo. Os dados foram sistematizados de acordo com a análise temática em três principais eixos: abordagem do cuidado e do acolhimento no CAPS; apontamento das necessidades cotidianas reais dos usuários e a percepção da complexidade no cuidado e nos encontros; e o mandato social dessas instituições, de atribuições inúmeras e complexas no território.
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Rocha KB, Zanardo GLDP. Validação de um instrumento para avaliação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), versão para profissionais: Avalia-CAPS-P. CAD SAUDE PUBLICA 2022. [DOI: 10.1590/0102-311x00144121] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/21/2022] Open
Abstract
Resumo: O instrumento Avalia-CAPS-P tem como objetivo avaliar como os principais atributos da atenção psicossocial se configuram em práticas no cotidiano dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), possuindo versões para usuários, profissionais e familiares. Este estudo analisou as características psicométricas do Avalia-CAPS para profissionais, contando com a participação de 195 profissionais de CAPS. Realizou-se a análise fatorial confirmatória (AFC) do Avalia-CAPS-P, testando dois modelos de estrutura fatorial - unifatorial e com oito fatores -, e a análise de convergência com o instrumento SATIS-BR (Escala de Satisfação dos Pacientes com os Serviços de Saúde Mental). A AFC apontou resultados satisfatórios dos modelos, sendo o modelo teórico de oito fatores utilizado para as análises e discussões subsequentes, apresentando os índices de ajustes χ2 = 765,51, χ²/gl = 1,20, p = 0,001, CFI = 0,93, TLI = 0,92, RMSEA = 0,03 (0,02-0,04), e cargas fatoriais dos itens com valores oscilando entre 0,76 e 0,33. A maioria das correlações entre os fatores foi moderada (variando entre rho = 0,38 e rho = 0,71) e a validade convergente mostrou que as dimensões do Avalia-CAPS-P se correlacionam significativamente e moderadamente com a avaliação global e com todas as dimensões SATIS-BR. O Avalia-CAPS apresenta indicadores adequados de confiabilidade e validade e destaca-se a importância de disponibilizar um instrumento que se propõe a avaliar a qualidade dos CAPS, estabelecendo indicadores e parâmetros que possibilitem avaliações sistemáticas, por meio dos diferentes atores sociais, complementando a avaliação da satisfação dos instrumentos já propostos.
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Avaliação de serviços orientados ao recovery no Brasil: potências e desafios nos processos de adaptação transcultural de instrumentos de medida. REVISTA IBEROAMERICANA DE PSICOLOGÍA 2021. [DOI: 10.33881/2027-1786.rip.14210] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/08/2022] Open
Abstract
O presente relato de experiência tem como objetivo refletir sobre à orientação ao recovery nos serviços comunitários de saúde mental, apontando os desafios e potências que surgiram no trabalho com usuários e familiares. As reflexões sobre o tema foram baseadas na pesquisa “Recovery: Instrumentos para sua aferição na realidade brasileira, através da adaptação transcultural do instrumento de avaliação Recovery Self-Assessment (RSA-R). Para o desenvolvimento desse estudo, seguimos a metodologia de Adaptação transcultural de instrumentos que inclui as etapas de tradução, retrotradução, avaliação por especialistas, dois estudos pilotos com usuários e familiares. Os resultados dessa experiência foram: o recovery trata-se de um construto ainda pouco explorado no Brasil, o instrumento objeto da pesquisa trouxe algumas práticas inexistentes no contexto brasileiro e que exigiam níveis altos de alfabetização por parte dos participantes. Em contrapartida, a nossa população tinha baixos níveis de escolarização, tornando a experiência ainda mais desafiante. Também, a partir de nossa incursão no campo, podemos identificar que a relação do familiar com os serviços é muito frágil. Os serviços de saúde mental no país precisam repensar suas práticas, principalmente no que diz respeito à inclusão e participação efetiva do familiar no tratamento. A partir desses resultados, destacamos a importância das avaliações de serviços de saúde mental, com a participação dos usuários e familiares, sendo um desafio na estruturação de avaliações sistemáticas dos serviços públicos.
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Reis CA, Ferrazza DDA. Redução de Danos em um CAPSad: Discursos e Práticas Profissionais. REVISTA PSICOLOGIA E SAÚDE 2021. [DOI: 10.20435/pssa.v14i1.1240] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/14/2022] Open
Abstract
A presente pesquisa teve como objetivo analisar os discursos e práticas de profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas (CAPSad), com especial atenção às ações na perspectiva da Política de Redução de Danos. Foram realizadas observações participantes no dispositivo de saúde e entrevistas semiestruturadas com cinco profissionais da equipe. A partir da análise das entrevistas e do diário de campo, produzido por meio das observações realizadas naquele dispositivo de saúde, foram criadas cinco categorias temáticas. Conclui-se que as dificuldades da equipe em reconhecer as estratégias de Redução de Danos resultam de diversos impasses quanto ao planejamento e sua execução no âmbito do serviço analisado e que pode estar relacionado à formação dos profissionais de saúde na atualidade brasileira que, geralmente, parecem distantes e descontextualizadas das atuais problemáticas que envolvem o cuidado e acolhimento do usuário de álcool e outras drogas.
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Moreira MIB. Trajetórias compartilhadas: experiências de estudantes, usuários e familiares de serviços de saúde mental em ações de ensino-aprendizagem em saúde. SAÚDE EM DEBATE 2020. [DOI: 10.1590/0103-1104202012718] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/22/2022] Open
Abstract
RESUMO Este artigo tem como objetivo analisar o protagonismo de pessoas com sofrimento psíquico intenso nas ações de ensino-aprendizagem em saúde, componente fundamental de atividades no âmbito do tripé universitário. Trata-se de estudo de caso sobre espaço de compartilhamento de saberes sobre saúde mental, que revela a importância do saber da experiência no espaço acadêmico e destaca modos de aprender e ensinar sobre as diferentes nuances do viver o sofrimento psíquico intenso em liberdade. Destaca os efeitos dessas ações para os participantes, com ênfase na promoção de debate sobre a luta constante pela garantia de direitos humanos no campo da saúde mental, e, com isso, aponta para o engendramento de novas formas de convívio e trocas sociais. Conclui-se que a experiência de aprender-ensinar sobre o campo da saúde mental, com a participação de usuários e familiares, vem transformando a concepção de cuidado, de integralidade e o sentido do trabalho em saúde.
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Santos DVDD, Federhen C, Silva TAD, Santos IRD, Levino CDA, Onocko-Campos RT, Stefanello S. A Gestão Autônoma da Medicação em Centros de Atenção Psicossocial de Curitiba (PR). SAÚDE EM DEBATE 2020. [DOI: 10.1590/0103-11042020e315] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/21/2022] Open
Abstract
RESUMO No contexto do ‘recovery’ surgiu, em 1993, a Gestão Autônoma da Medicação, uma estratégia que visa garantir, aos usuários de psicotrópicos, participação nas decisões relativas aos seus tratamentos, via diálogo e troca de informações entre os envolvidos nos tratamentos em saúde mental com trabalhos nacionais, que demonstram esses efeitos. O objetivo do presente estudo foi fomentar e avaliar qualitativamente a realização da estratégia Gestão Autônoma da Medicação nos Centros de Atenção Psicossocial de Curitiba (PR). Foi feita uma pesquisa qualitativa, com implantação de grupos Gestão Autônoma da Medicação e de entrevistas semiestruturadas. Participaram usuários, trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial e estudantes de medicina, totalizando 18 entrevistados. O material foi transcrito integralmente e as percepções dos participantes foram avaliadas baseando-se na hermenêutica gadameriana, extraindo-se, assim, núcleos argumentais, os quais foram agrupados em categorias e analisados posteriormente. Demonstrou-se que o grupo Gestão Autônoma da Medicação auxiliou os usuários no processo de conhecimento e tomada de decisão sobre seus tratamentos, bem como no conhecimento dos seus direitos. A intervenção também se mostrou relevante para os profissionais e estudantes, reforçando conceitos como a importância de valorizar a fala, as experiências e a autonomia do usuário.
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Gonçalves LLM, Campos RTO. [Narratives of users of mental health services in an experiment with autonomous management of medication]. CAD SAUDE PUBLICA 2017; 33:e00166216. [PMID: 29166486 DOI: 10.1590/0102-311x00166216] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Received: 09/26/2016] [Accepted: 02/01/2017] [Indexed: 11/22/2022] Open
Abstract
Numerous studies have highlighted the tendency to chronicity of treatments centered on the use of medications. This study was conducted in a large Brazilian city with users of Centers for Psychosocial Care (CAPS), with the aim of evaluating the effects of experimenting with the personal Guide for Autonomous Management of Medication (GAM) and the users' relationship to their treatments and participation. The instrument, created in Canada and translated and adapted to Brazil, was tested in intervention groups with users of CAPS with severe mental disorders and a history of political participation in the field of health. Focus groups and in-depth interviews were performed. The transcriptions were transformed into narratives, and four analytical categories were defined: subjects with radical experiences of suffering; experiences with medication; users' rights; and participation and political activism. In testing GAM, users expressed a tension between reproduction of illness-centered identity and the legitimate uniqueness of their personal experiences. They showed greater knowledge of the medications they were taking, began to recognize their own expertise in their use of medications, and some sought adjustments to their treatment. They reported the need for support in claiming their rights and strengthening their participation as mental health activists. In conclusion, the Brazilian version of the GAM guide has the potential to contribute to users' empowerment, thus allowing dialogue between the results in mental health care in Brazil and the international scenario.
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