Cuidado integral e atenção às urgências: o serviço de atendimento móvel de urgência do estado do Rio de Janeiro

Avaliação do contexto de trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

Resumo O presente estudo objetivou avaliar o contexto de trabalho dos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Fortaleza, Ceará. Foi realizada uma pesquisa transversal e descritiva, que contou com a participação de uma amostra não probabilística de 229 participantes de diferentes categorias profissionais que atuam no serviço. Os participantes responderam à Escala de Avaliação do Contexto de Trabalho, composta por três fatores. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e multivariada. Os resultados evidenciaram que os fatores analisados na escala - organização do trabalho, relações socioprofissionais e condições de trabalho - apresentaram índices críticos, que sinalizam um alerta para o risco de adoecimento. Conclui-se que os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência vivenciam um risco potencial que poderá desencadear danos à saúde ocupacional. Recomenda-se que sejam efetivadas medidas para melhoria na organização do trabalho, em suas condições laborais e suas relações socioprofissionais.

Sickness absence among health workers in belo horizonte, brazil

OBJECTIVES

To describe the prevalence of sickness absence and to analyze factors associated with the outcome according to gender in a sample of healthcare workers at the Belo Horizonte Health Department.

METHOD

This study was based on a Belo Horizonte Health Department survey carried out between September 2008 and January 2009. From a randomly selected sample of 2,205 workers, 1,808 agreed to participate. Workers were classified into Health Staff or Health Care. Other explanatory variables were social and demographic data, work characteristics, and personal health. The Poisson regression was applied to analyze factors associated with sickness absence by the prevalence ratio (PR).

RESULTS

The overall prevalence of sickness absence was 31.5% (23.8% for men and 34.6% for women). In the final model, we found higher rates of sickness absence in both male and female workers involved in tasks with high psychosocial demands (PR=1.86 men; PR=1.38 women) and in those that reported using medication for treating chronic diseases (PR=1.96 men; PR=1.50 women). Women having a permanent job contract had a higher prevalence of sickness absence than those having a temporary job contract (PR=1.71).

CONCLUSION

Our findings suggest a paradox in how healthcare is organized: good results in terms of its global objective of providing healthcare for citizens contrast with lack of effective measures for protecting healthcare workers.