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Abstract
Objetivo : verificar a presença do ruído em indústria de confecção de roupas, visto que este risco é pouco difundido nas pesquisas relacionadas a este ambiente de trabalho.Métodos : a empresa escolhida foi uma fábrica de confecção de roupa localizada em Colatina no Espírito Santo/Brasil. Foram analisados os dois setores com maior risco ruído na empresa, após a exclusão dos funcionários com menos de cinco anos de trabalho neste local, totalizamos uma amostra de seis funcionários. Os trabalhadores selecionados responderam questionário sobre informações e sintomas auditivos e posteriormente, foram analisadas as audiometrias realizadas nos últimos cinco anos.Resultados : por meio de medições realizadas nos setores analisados, constatou-se produção de ruído de 83,5 a 97,8 dB(A). Após observar o histórico das audiometrias, obteve-se 83% dos trabalhadores, destes setores, sem perda auditiva, 16% com perda ocupacional, sendo classificada como estável. Os dados levantados no questionário revelaram que 33% dos trabalhadores sentem-se irritados quando expostos a sons elevados, 50% sentem-se estressados após a jornada de trabalho, e nenhum trabalhador relatou queixa de zumbido, insônia ou dificuldade em entender as pessoas.Conclusão : este ambiente de trabalho apresenta risco ruído, uma vez constatados os níveis de pressão sonora no qual os trabalhadores são expostos durante a jornada de trabalho, bem como a presença de perda auditiva ocupacional, mesmo em menor escala – atribuído ao tempo mínimo de cinco anos de serviços prestados utilizado na pesquisa.
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Abstract
OBJETIVO: investigar a ocorrência de queixas auditivas em disc jockeys da cidade de Recife/PE. MÉTODOS: foi realizada uma entrevista com 30 disc jockeys, com idade entre 19 e 28 anos, abordando informações ocupacionais, conhecimentos gerais sobre o ruído e queixas auditivas (diminuição da acuidade auditiva, desconforto a sons intensos, zumbido, sensação de ouvido abafado e otalgia). A análise foi realizada por meio de abordagem quantitativa, utilizando o teste estatístico t-student. RESULTADOS: dentre os dados mais relevantes, destacam-se: 46,7% dos disc jockeys apresentaram, espontaneamente, queixas auditivas, em especial, a diminuição da acuidade auditiva (relatada por todos os sujeitos); 14 disc jockeys (46,67%) referiram desconforto a sons intensos e 13 (43,33%) mencionaram zumbido. Todos afirmaram ter conhecimento sobre os riscos do ruído para a saúde auditiva, mas 76,7% não realizam qualquer medida preventiva de suas consequências. A perda auditiva foi referida pelos sujeitos como o principal risco da exposição a níveis intensos de pressão sonora. CONCLUSÃO: todos os disc jockeys apresentaram queixa de perda auditiva e, entre as demais queixas auditivas, destacaram-se o desconforto a sons intensos e o zumbido. Tendo em vista a irreversibilidade da perda auditiva induzida por elevados níveis de pressão sonora, os disc jockeys devem ser periodicamente avaliados a fim de que se confirme ou não a perda auditiva de que se queixaram e, caso ela exista, deve ser monitorada para que seja passível de intervenção pelo fonoaudiólogo. Desta forma, percebe-se a necessidade de atuação da Fonoaudiologia junto aos disc jockeys, uma vez que poder-se-á propiciar a otimização do exercício profissional com o mínimo de risco possível.
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Côrtes-Andrade IF, Souza ADSD, Frota SMMC. Estudo das emissões otoacústicas - produto de distorção durante a prática esportiva associada à exposição à música. REVISTA CEFAC 2009. [DOI: 10.1590/s1516-18462009000800014] [Citation(s) in RCA: 1] [Impact Index Per Article: 0.1] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/21/2022] Open
Abstract
OBJETIVO: estudar a audição dos alunos de uma academia de ginástica durante o exercício físico, analisando os resultados das emissões otoacústicas - produto de distorção (EOAPD), antes e após a exposição à música eletronicamente amplificada. MÉTODOS: foi aplicado um questionário em 20 indivíduos, sendo os mesmos avaliados por meio das EOAPD, antes e após a execução do exercício físico e exposição à música. RESULTADOS: uma elevada porcentagem de exposições extra-ocupacionais e de lazer (65%) foi encontrada ao analisar as queixas. Observou-se que 40% dos alunos de academia de ginástica apresentaram dores de cabeça e insônia; sete, intolerância para sons intensos; cinco, plenitude auricular e irritabilidade; cinco, nervosismo; quatro, tontura; e três relataram apresentar zumbidos após as aulas. No teste de EOPD, houve presença de respostas em 100% das orelhas testadas no momento 1 (M1), porém, no momento 2 (M2), houve presença de resposta em 75%. As frequências que apresentaram maior percentual de falhas no momento 2 (M2) foram 3KHz, 4KHz e 5 KHz. CONCLUSÃO: exercício físico associado a elevados níveis de pressão sonora de música provocam alterações nas EOA-PD, principalmente nas frequências de 3000Hz, 4000Hz e 5000Hz. Desse modo, alunos de academia de ginástica que ficam expostos à música eletronicamente amplificada podem estar prejudicando a audição. Há necessidade, portanto, das academias avaliarem as condições acústicas de suas salas de aulas, a partir da análise de profissionais especializados no intuito de verificarem os níveis sonoros, desse modo, observando se estes (NPS) estão compatíveis com os valores recomendados pela lei.
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Affiliation(s)
- Isabela Freixo Côrtes-Andrade
- Prefeitura Municipal de Armação de Búzios; Clínica de Fonoaudiologia e Audiologia; Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
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