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Souza ACD, Pisciolaro F, Polacow VO, Cordás TA, Alvarenga MDS. Atitudes em relação ao corpo e à alimentação de pacientes com anorexia e bulimia nervosa. JORNAL BRASILEIRO DE PSIQUIATRIA 2014. [DOI: 10.1590/0047-2085000000001] [Citation(s) in RCA: 2] [Impact Index Per Article: 0.2] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/22/2022]
Abstract
Objetivo: Avaliar como se relacionam as atitudes alimentares e corporais de pacientes com anorexia ou bulimia nervosa. Métodos: Pacientes adultas de um ambulatório especializado, com diagnóstico de anorexia (n = 48) ou bulimia nervosa (n = 58), responderam à Disordered Eating Attitude Scale (DEAS) para avaliação das atitudes alimentares e ao Body Attitude Questionnaire (BAQ) para atitudes corporais – ambos traduzidos e validados para mulheres jovens do Brasil. A correlação entre os escores da DEAS e do BAQ foi avaliada utilizando o coeficiente de Pearson. Modelos de regressão linear testaram preditores para atitudes alimentares e corporais. Resultados: Pacientes com bulimia apresentam relação com o alimento mais disfuncional – subescala 1 da DEAS (p < 0,001) e piores atitudes corporais (BAQ total e cinco fatores). Correlações entre a DEAS e BAQ foram mais fortes para a anorexia do que para bulimia e houve forte correlação (r > 0,6) para ambas apenas quando se analisou a relação com o alimento e o sentir-se gorda e entre atitudes corporais como um todo e a relação com o alimento. O escore total da DEAS foi preditor da BAQ total: cada um ponto na DEAS aumenta 0,788 na BAQ (R2 = 0,628). Conclusão: Pacientes com bulimia apresentam pior relação com o alimento e piores atitudes corporais. As atitudes corporais se correlacionaram com as atitudes alimentares, de maneira mais forte para pacientes com anorexia; atitudes alimentares mais disfuncionais predizem pior relação com o corpo para ambos os diagnósticos.
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Abstract
A bulimia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por compulsões alimentares e métodos compen-satórios recorrentes. Os pacientes apresentam ingestão alimentar inadequada e comportamentos alimentares disfuncionais. O adequado tratamento do transtorno requer uma equipe multiprofissional e terapia nutricional especializada. Compreender as características desse transtorno, os padrões de consumo e o comportamento alimentar, bem como atentar para as atitudes alimentares dos pacientes, é fundamental para o planejamento e para a adequada condução da abordagem nutricional. A terapia nutricional para esse transtorno é diferenciada, exigindo do nutricionista maiores habilidades de aconselhamento nutricional. Educação nutricional e acon-selhamento nutricional, com ênfase na abordagem de atitudes alimentares e insatisfação corporal, são o foco da terapia nutricional. Para o atendimento eficaz desses pacientes e o sucesso no tratamento nutricional, é importante que o profissional se mantenha atualizado sobre nutrição e transtornos alimentares e procure especialização e experiência nessa área do conhecimento.
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Santos CMB, Cansanção VDO, Pernambuco LDA, Silva HJD. Características morfofuncionais do trânsito orofaríngeo na bulimia: revisão de literatura. REVISTA CEFAC 2010. [DOI: 10.1590/s1516-18462010000200018] [Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/22/2022] Open
Abstract
TEMA: deglutição e bulimia. OBJETIVO: apresentar e discutir os achados científicos descritos na literatura quanto às características orofaríngeas relacionadas à deglutição em portadores de bulimia nervosa do tipo purgativa. CONCLUSÃO: a bulimia nervosa acarreta uma série de alterações em estruturas e funções que compõem o trânsito orofaríngeo, como erosão dentária, hipersensibilidade, enfraquecimento e fratura dos dentes, problemas de oclusão, cáries, doenças periodontais, dessensibilização intra-oral, hipogeusia, úlceras, granulomas, queilite angular, hipertrofia das glândulas parótidas, tosse e odinofagia. Existe um predomínio na literatura científica de relatos sobre alterações morfológicas em detrimento das funcionais. Poucos relatos abordaram diretamente a relação entre a bulimia e deglutição, apenas mencionando superficialmente as possibilidades de desencadeamento da disfagia orofaríngea.
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Affiliation(s)
| | | | - Leandro de Araújo Pernambuco
- Hospital de Câncer de Pernambuco; Centro de Reabilitação e Fisioterapia Distrito I; Centro de Fonoaudiologia de Pernambuco; Universidade Federal de Pernambuco
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Nunes AL, Vasconcelos FDAGD. Transtornos alimentares na visão de meninas adolescentes de Florianópolis: uma abordagem fenomenológica. CIENCIA & SAUDE COLETIVA 2010; 15:539-50. [DOI: 10.1590/s1413-81232010000200030] [Citation(s) in RCA: 3] [Impact Index Per Article: 0.2] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Received: 06/25/2008] [Accepted: 11/11/2008] [Indexed: 11/22/2022] Open
Abstract
O presente trabalho objetiva compreender o significado da experiência vivida por adolescentes do sexo feminino com transtorno alimentar (TA), com ênfase nos aspectos relacionados à alimentação, a partir de uma perspectiva fenomenológica. Entrevistamos sete adolescentes com TA, atendidas em hospitais e clínicas de Florianópolis (SC). Na análise das entrevistas, procuramos identificar as unidades de significado, categorizandoas para apreensão da estrutura geral da vivência, extraindo a estrutura do vivido. Foram identificadas nove unidades de significado: o que representa a comida, hábito alimentar, alimentos que deixaram de ser consumidos, alimentos que passaram a ser consumidos, consumo de refrigerantes, escolhas alimentares, composição das refeições, hábito alimentar da família e alimentação saudável. As unidades de significado revelaram, entre outros, o sofrimento das adolescentes, seja por engordar, não se achar magra suficiente, comer demais, não comer, provocar vômito, tomar laxante/diurético, tentar suicídio, ver pais sofrendo, não se sentirem compreendidas. A pesquisa proporcionou contemplar o fenômeno pelo prisma da relação com a comida, confirmando como esta relação está ligada ao emocional. Também mostrou como é viver com TA na visão das adolescentes, procurando enxergar esses transtornos segundo suas óticas e sentimentos.
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Bosi MLM, Luiz RR, Morgado CMDC, Costa MLDS, Carvalho RJD. Comportamentos de risco para transtornos do comportamento alimentar e fatores associados entre estudantes de nutrição do município do Rio de Janeiro. JORNAL BRASILEIRO DE PSIQUIATRIA 2006. [DOI: 10.1590/s0047-20852006000100005] [Citation(s) in RCA: 3] [Impact Index Per Article: 0.2] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 01/03/2023]
Abstract
OBJETIVO: Caracterizar práticas alimentares e fatores de risco associados a transtornos do comportamento alimentar entre estudantes de nutrição do município do Rio de Janeiro. MÉTODOS: Estudo seccional junto a um segmento populacional apontado na literatura como de risco para o surgimento de transtornos alimentares. Utilizaram-se o Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo (BITE), o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26) e uma variável que considera os dois instrumentos associados (Nunes et al., 2001). RESULTADOS: Analisaram-se 193 estudantes do sexo feminino, com média de idade de 20,9 anos ± 2 anos. Detectou-se resultado positivo em 14% (intervalo de confiança [IC] 95%: 9,4%-20%) no EAT-26. No BITE, para sintomas elevados e gravidade intensa, foram encontradas prevalências de 5,7% (IC 95%: 2,9%-10%) e 3,2% (IC 95%: 1,2%-6,9%), respectivamente. Quando combinados EAT-26 positivo e BITE com gravidade intensa e sintomas elevados, constataram-se correlações positivas com prevalências de 64,7% (p < 0,001) e 36,4% (p < 0,001), respectivamente. Das mulheres que apresentaram EAT-26 positivo, 88,5% encontram-se na faixa de normalidade do índice de massa corporal (IMC) (p < 0,031). CONCLUSÕES: Deve-se atentar para comportamentos de risco para transtornos alimentares no grupo, uma vez que esses distúrbios serão objeto de sua prática profissional, podendo comprometê-la nos casos em que nutricionistas sejam portadores de síndromes instaladas ou comportamentos precursores.
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