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Sírio MADO, Freitas SND, Figueiredo AMD, Gouvêa GDR, Pena JL, Machado-Coelho GLL. Tempo de aleitamento materno entre indígenas Xakriabá aldeados em Minas Gerais, Sudeste do Brasil. REV NUTR 2015. [DOI: 10.1590/1415-52732015000300002] [Citation(s) in RCA: 6] [Impact Index Per Article: 0.6] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/22/2022]
Abstract
OBJETIVO: Estimar a duração mediana do aleitamento materno na Terra Indígena Xakriabá e identificar fatores que se relacionaram ao tempo de amamentação nessa população. MÉTODOS: Neste estudo transversal, coletaram-se dados por meio de questionário que abrange características sociodemográficas, saúde e amamentação de 342 binômios mãe/criança, residentes na Terra Indígena Xakriabá, Minas Gerais, em 2007. Dados descritivos foram obtidos de 317 crianças que mamaram por pelo menos um dia, mas, para alcance dos objetivos, analisaram-se somente questionários que foram integralmente respondidos e que se referiam a crianças que mamaram por pelo menos um dia, ou seja, 82,2% (287) do universo das 349 crianças indígenas menores de 3 anos, pelo método de Kaplan Meier e modelo de Regressão de Cox. RESULTADOS: A maioria das crianças era do sexo masculino (52,0%), 1º, 2º ou 3º filho (53,6%) e teve o leite materno como primeiro alimento (94,6%). A duração mediana do aleitamento materno exclusivo e do aleitamento materno foi de 11,73 meses e 7,27 dias, respectivamente, sendo os meninos e as crianças nascidas na 4ª ordem ou adiante os mais vulneráveis ao desmame. CONCLUSÃO: Na Terra Indígena Xakriabá, a duração mediana do aleitamento materno exclusivo foi curta, e metade das crianças deixou de ter os benefícios nutricionais, imunológicos e funcionais do leite materno em idade próxima a 12 meses, quando foram desmamadas. O sexo e a ordem de nascimento se relacionaram a essa duração, mas pesquisas poderiam ser realizadas para maior entendimento dos fatores socioculturais que se relacionaram ao tempo de amamentação nesta Terra Indígena.
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Tavares FG, Coimbra Junior CEA, Cardoso AM. Níveis tensionais de adultos indígenas Suruí, Rondônia, Brasil. CIENCIA & SAUDE COLETIVA 2013. [DOI: 10.1590/s1413-81232013000500025] [Citation(s) in RCA: 10] [Impact Index Per Article: 0.8] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/21/2022] Open
Abstract
Os povos indígenas no Brasil vivenciam acelerado processo de transição nutricional e epidemiológica, verificando-se a emergência de doenças e agravos não transmissíveis, como hipertensão arterial (HA). Realizou-se, em 2005, um estudo transversal para descrever os níveis tensionais em adultos (> 20 anos) indígenas Suruí, Rondônia, e investigar sua relação com o estado nutricional e o nível socioeconômico (SSE). Foram visitadas 9 aldeias e avaliados 251 indivíduos (87,4% dos elegíveis). As médias de pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) foram maiores no sexo masculino e superiores às verificadas em 1988, com incremento na média da PAS de 7,9 mmHg e de 1,4 mmHg, em mulheres e homens, respectivamente. A PAS correlacionou-se positivamente com a razão cintura quadril (RCQ) em ambos os sexos, e com a idade, no sexo feminino. A PAD apresentou correlações estatisticamente significativas com todas as variáveis antropométricas, exceto com estatura e área muscular do braço. A prevalência de HA foi de 2,8% (M: 2,4%; F: 3,1%). Essa prevalência foi maior nos indivíduos > 40 anos, com perímetro da cintura (PC) ou RCQ elevados, sobretudo no grupo feminino e também no grupo de mais baixo de SSE. A HA é um problema de saúde emergente entre os Suruí, devendo receber atenção do sistema de saúde e dos pesquisadores.
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Orellana JDY, Cunha GM, Santos RV, Coimbra Jr. CE, Leite MS. Prevalência e fatores associados à anemia em mulheres indígenas Suruí com idade entre 15 e 49 anos, Amazônia, Brasil. REVISTA BRASILEIRA DE SAÚDE MATERNO INFANTIL 2011. [DOI: 10.1590/s1519-38292011000200006] [Citation(s) in RCA: 8] [Impact Index Per Article: 0.6] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Subscribe] [Scholar Register] [Indexed: 11/22/2022]
Abstract
OBJETIVOS: investigar a prevalência e os fatores associados à ocorrência de anemia em mulheres indígenas Suruí com idade entre 15 e 49 anos. MÉTODOS: estudo transversal realizado a partir de levantamento censitário em 2005 na terra indígena Sete de Setembro, localizada em Rondônia, Brasil. A dosagem de hemoglobina (Hb) foi realizada pelo aparelho β-hemoglobinômetro portátil. Pontos de corte de anemia: Hb <12,0 g/dL nas não gestantes; Hb <11,0 g/dL nas gestantes. Dados demográficos e de status socioeconômico (SSE) foram obtidos por meio da aplicação de questionário padronizado. A primeira etapa da análise estatística incluiu os testes: qui-quadrado; qui-quadrado de tendência linear; t de Student; linearidade e análise de variância. Na segunda etapa, o modelo logístico final foi ajustado. RESULTADOS: a prevalência global de anemia nas não gestantes foi de 67,3% e nas gestantes de 81,8%. A análise multivariada demonstrou que as mulheres com um ou dois filhos anêmicos com idade entre 6 e 35 meses tiveram três vezes mais chances de serem anêmicas; mulheres do estrato SSE baixo apresentaram 3,5 vezes mais chance de serem anêmicas. A chance de uma mulher Suruí do SSE baixo ter anemia aumentou em 26% em relação às do estrato SSE alto. CONCLUSÕES: a anemia é um grave problema de saúde nas mulheres Suruí e é influenciada por características familiares/domiciliares, incluindo descendentes com anemia e condições socioeconômicas. Argumenta-se que medidas de tratamento e prevenção voltadas ao controle da anemia nos Suruí devem considerar tais fatores.
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