Carneiro RM, van Bellen B, Santana PRP, Gomes ACP. Prevalência de tromboembolismo pulmonar incidental em pacientes oncológicos: análise retrospectiva em grande centro.
J Vasc Bras 2017;
16:232-238. [PMID:
29930652 PMCID:
PMC5868940 DOI:
10.1590/1677-5449.002117]
[Citation(s) in RCA: 1] [Impact Index Per Article: 0.1] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Key Words] [Track Full Text] [Download PDF] [Figures] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Received: 04/04/2017] [Accepted: 08/01/2017] [Indexed: 01/24/2023] Open
Abstract
Contexto
Devido à maior aplicação de exames de imagem rotineiros, especialmente nos pacientes com neoplasia para controle da doença, vem aumentando o diagnóstico de tromboembolismo pulmonar (TEP) incidental, importante fator de morbimortalidade associado.
Objetivo
Identificar os casos de TEP incidental em pacientes oncológicos submetidos a tomografia computadorizada (TC) de tórax, correlacionando aspectos clínicos e fatores de risco associados.
Métodos
Estudo retrospectivo de todos os episódios de TEP ocorridos de janeiro de 2013 a junho de 2016, com seleção dos pacientes oncológicos e divisão deles em dois grupos: com suspeita clínica e sem suspeita clínica (incidentais) de embolia pulmonar.
Resultados
Foram avaliados 468 pacientes com TEP no período citado. Destes, 23,1% eram oncológicos, entre os quais 44,4% apresentaram achado incidental de embolia pulmonar na TC de tórax. Não houve diferença estatística entre os grupos para sexo, idade e tabagismo. Quanto à procedência, 58,3% dos pacientes sem suspeita clínica eram de origem ambulatorial e 41,7% com suspeita de TEP vinham do pronto-socorro (p < 0,001). As neoplasias mais prevalentes foram de pulmão (17,6%), intestino (15,7%) e mama (13,0%). Aqueles com achado incidental apresentaram significativamente mais metástases, sem diferença entre os grupos para realização de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia recente. Quanto aos sintomas apresentados, 41,9% daqueles sem suspeita clínica tinham queixas sugestivas de TEP quando realizaram o exame.
Conclusão
TEP incidental é frequente em pacientes oncológicos, especialmente naqueles provenientes de seguimento ambulatorial e em estágios avançados da doença. Sintomas sugestivos de TEP estavam presentes em pacientes sem suspeita clínica ao realizarem a TC de tórax.
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