Intervenção parental melhora o desenvolvimento motor de lactentes de risco: série de casos

Gross motor trajectories of pre-term and full-term infants under different parental educational approaches

This study aimed to explore motor trajectories of Brazilian pre-term and full-term infants from 3 to 12 months old whose parents participated in an educational program and had received guidance on gross motor development. Forty-eight Brazilian infants aged 3 months old were divided into Group 1 (full-term infants and their parents who received only verbal guidance, n = 14), Group 2 (full-term infants with parents who received an educative folder in addition to the same verbal guidance, n = 23), and Group 3 (preterm infants with parents who received the same verbal guidance and educative folder, n = 11). The folder had similar information to the verbal guidance; nonetheless, it helped to teach parents and allowed later consultation at home. We applied Alberta Infant Motor Scale, Affordances in Home Environment for Motor Development-Infant Scale, and a questionnaire about infants' information at 3-, 6-, 9-, and 12-months old. In longitudinal comparison, all groups showed a significant difference for AIMS variables on total score and subscales; all subitems of AHEMD-IS; and time spent in prone, supine, sitting, and standing positions. In general, no differences were found between groups. Motor trajectory, home opportunities, and parental positioning practices were similar between full-term and preterm infants with different guidance approaches.

Desenvolvimento motor de bebês em intervenção parental durante a puericultura: série de casos

RESUMO O desenvolvimento infantil deve ser promovido pela família com apoio formal na puericultura. O presente estudo analisou o desempenho motor de bebês submetidos à intervenção parental na puericultura. Foi realizado um estudo de série de casos, observacional, longitudinal e descritivo, com 215 bebês de 0-18 meses atendidos em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde de uma capital do Nordeste brasileiro. O desempenho motor dos bebês foi avaliado pela Alberta infant motor scale e orientações foram transmitidas aos pais a depender do atraso motor observado. Observou-se que 77,7% dos bebês tiveram seu primeiro atendimento no primeiro semestre de vida, 57,6% apresentaram baixo risco e 76,7% desempenho motor normal. Houve relação significativa entre a estratificação de risco e a idade gestacional e entre a estratificação de risco e o desempenho motor. Os intervalos entre as avaliações variaram de 7-252 dias. A porcentagem de bebês com atrasos motores é maior para os que chegam à puericultura após o terceiro trimestre de vida. Todos os bebês identificados com suspeita de atraso ou como atípicos, que frequentaram a puericultura, melhoraram o desempenho motor até a terceira avaliação. Bebês que são levados precocemente à puericultura, para orientações sobre intervenção parental, recuperam o atraso do desenvolvimento motor, porém muitas famílias não comparecem ao seguimento da puericultura ou chegam tardiamente para atendimento.