Andrade RLM, Callo G, Horta BL. Peptídeo C e mortalidade cardiovascular: revisão sistemática e metanálise.
Rev Panam Salud Publica 2018;
43:e23. [PMID:
31093247 PMCID:
PMC6459372 DOI:
10.26633/rpsp.2019.23]
[Citation(s) in RCA: 0] [Impact Index Per Article: 0] [Reference Citation Analysis] [Abstract] [Track Full Text] [Download PDF] [Figures] [Journal Information] [Subscribe] [Scholar Register] [Received: 03/23/2018] [Accepted: 10/25/2018] [Indexed: 11/24/2022] Open
Abstract
Objetivo
Analisar as evidências de associação entre peptídeo C e mortalidade cardiovascular e geral disponíveis na literatura.
Métodos
Foi realizada uma revisão sistemática das bases de dados MEDLINE e EMBASE. Foram incluídos artigos publicados em inglês, português ou espanhol relatando estudos observacionais que investigaram a associação entre o peptídeo C e a mortalidade cardiovascular e geral. Buscou-se ainda avaliar a associação entre peptídeo C e fatores de risco cardiometabólicos, fatores hemodinâmicos e medidas antropométricas. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada de acordo com os critérios da escala Newcastle-Ottawa.
Resultados
Foram identificados 107 estudos relacionados ao tema. Ao final do processo de triagem, foram incluídos 18 artigos que apresentavam dados sobre a associação entre peptídeo C e risco cardiovascular. Cinco estudos forneceram dados sobre a relação entre peptídeo C e mortalidade cardiovascular e geral. O peptídeo C esteve associado positivamente ao IMC em chineses, e inversamente ao HDL colesterol em amostras populacionais na Ásia, Oriente Médio e Estados Unidos. Todavia, não foi possível realizar metanálise para os componentes de risco cardiovascular. Por outro lado, o peptídeo C esteve associado com a mortalidade cardiovascular (RR = 1,62; IC95%: 0,99 a 2,66) e geral (RR = 1,39; IC95%: 1,04 a 1,84).
Conclusão
Na revisão sistemática e metanálise realizadas, os níveis séricos de peptídeo C estiveram associados positivamente com a mortalidade geral em todos os indivíduos e com a mortalidade cardiovascular em pessoas sem comorbidades. Com base nesses resultados, é possível recomendar o emprego do peptídeo C na prática clínica como proxy da condição de resistência à insulina associada a mortalidade cardiovascular.
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