Direct and indirect associations of experience of racial discrimination, dietary patterns and obesity in adults from southern Brazil

OBJECTIVE

To analyse the direct and indirect associations of experience of racial discrimination on dietary patterns (DP), obesity and abdominal obesity.

DESIGN

This is a cross-sectional population-based study. The main exposure was self-reported experiences of racial discrimination (Experiences of Discrimination scale). The mediator variables were the DP: healthy, Brazilian traditional, sugar and carbohydrates, and fast food. The outcomes were obesity (BMI ≥ 30 kg/m2) and abdominal obesity (waist circumference ≥ 88 cm for women; ≥ 102 cm for men). Structural equation modelling was applied.

SETTING

Porto Alegre, Brazil.

PARTICIPANTS

Totally, 400 adults aged between 20 and 70 years were participated.

RESULTS

The mean age of participants was 47·2 years (sd = 13·9), and 75 % were women. Experiencing racial discrimination had a positive direct effect on obesity (healthy DP: β = 0·153, P < 0·05; Brazilian DP: β = 0·156, P < 0·05; sugar and carbohydrates DP: β = 0·156, P < 0·05; and fast-food DP: β = 0·153, P < 0·05) and abdominal obesity (healthy DP: β = 0·206, P < 0·01; Brazilian DP: β = 0·210, P < 0·01; sugar and carbohydrates DP: β = 0·204, P < 0·01; and fast-food DP: β = 0·204, P < 0·01). The experience of racial discrimination did not have a direct effect on DP, nor did it exert an indirect effect on obesity and abdominal obesity through any DP.

CONCLUSIONS

A higher experience of racial discrimination is associated with obesity and abdominal obesity, independent of diet.

Association between the community food environment and dietary patterns in residents of areas of different socio-economic levels of a southern capital city in Brazil

This study aimed to verify the association between the community food environment and dietary patterns in a population of different socio-economic levels. This cross-sectional study was conducted with a sample of 400 adults and elderly aged between 20 and 70 years residing in the central area of Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Four dietary patterns were explored: healthy, traditional Brazilian, refined carbohydrates and sugars, and fast food. The community food environment included the identification of all food stores by areas where individuals lived and auditing based on the Nutrition Environment Measures Survey in Stores (NEMS-S) score. Poisson regression was used to estimate the prevalence ratios (PR) and their respective 95 % CI. After the adjustment for individual sociodemographic characteristics, residents of the area with the best community food environment (highest NEMS-S score) had 12 % and 18 % lower probabilities of high consumption (upper tertile) of the traditional (PR = 0·88; 95 % CI (0·78, 0·98)) and refined carbohydrate and sugar (PR = 0·82; 95 % CI (0·73, 0·92)) dietary patterns, respectively, compared with those living in the area with the worst community food environment (lowest NEMS-S score). Healthy and fast-food dietary patterns showed no association with the community food environment. In conclusion, the community food environment is a factor associated with the consumption of certain dietary patterns, independent of individual sociodemographic characteristics. Thus, aspects of the community food environment become important in food and nutrition actions and policies aimed at health promotion.

Associação entre padrões alimentares com fatores socioeconômicos e ambiente alimentar em uma cidade do Sul do Brasil

Resumo Objetivou-se estudar a associação entre padrão alimentar, fatores demográficos, socioeconômicos e o ambiente alimentar em uma população de adultos e idosos de uma cidade do Sul do Brasil. Estudo transversal com pessoas de ambos os sexos e idade entre 20 e 70 anos. Os padrões alimentares foram identificados por meio da análise de componentes principais. A regressão de Poisson foi utilizada para estimar as razões de prevalência brutas e ajustadas e os intervalos de 95% de confiança (IC 95%). Quatro padrões alimentares foram identificados: saudável, tradicional, carboidratos e açúcares refinados e fast food. Encontraram-se associações positivas entre: sexo feminino e maior renda com o padrão alimentar saudável; cor da pele preta ou parda e domicílios com seis ou mais moradores com padrões alimentares tradicional e carboidratos e açúcares refinados; maior escolaridade com o padrão fast food. Realizar as principais refeições em casa associou-se ao padrão tradicional, e almoço ou jantar fora do domicílio com os padrões carboidratos e açúcares refinados e fast food. Posição socioeconômica mais baixa leva ao maior consumo do padrão alimentar tradicional e/ou rico em carboidratos e açúcares, e uma posição socioeconômica mais elevada parece permitir uma escolha entre padrão saudável ou fast food.

O impacto da educação alimentar sobre o consumo de açúcar em alunos de escola pública da região metropolitana de Porto Alegre

Os programas de educação alimentar e nutricional no ambiente escolar são fundamentais na criação, formação e modificação de hábitos alimentares de crianças e adolescentes. Objetivos: avaliar o impacto da educação alimentar sobre o consumo de açúcar na mudança de hábitos alimentares de alunos em escola pública de um município da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS. Método: os participantes foram avaliados antes e após a intervenção. Foram utilizados dois instrumentos: “Questionário Alimentar do Dia Anterior (QUADA-3) para escolares de seis a 11 anos” que avaliou os hábitos alimentares atuais e o “Questionário simplificado para avaliação em crianças do consumo de alimentos ricos em açúcar” para avaliação da ingestão de açúcar e bebidas açucaradas. Após, foram realizadas três oficinas educativas e interativas com intervalo de 15 dias cada. Resultados: os resultados mostraram-se estatisticamente significativos na redução do consumo de refrigerante (p