Effect of odontoplasty on intake, nutrient digestibility, and intake time of tifton hay in ponies

We aimed to evaluate the effects of dental correction on voluntary nutrient intake, time of intake, apparent digestibility and fecal particle size in Brazilian ponies. Twelve mares, with no history of previous dental treatments, housed in individual pens and fed a diet based on tifton 85 were used. The study comprised two consecutive experimental phases, pre and post dental treatment. Each phase consisted of 15 days for adaptation to the pen and treatment and 5 days for data collection, totaling 20 days. To calculate nutrient intake and digestibility coefficients, samples of diets, leftovers, and feces were analyzed for dry matter (DM), crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF), acid detergent fiber (ADF), crude fat (CF), mineral matter (MM), organic matter (OM), and non-fiber carbohydrates (NFC). Food intake time was recorded using a digital video recorder. Fecal particles were analyzed by wet sieving. Dental correction did not influence the intake of DM, CP, NDF, CF, and OM by the animals. However, there was an increase in NFC intake from 0.12 kg to 0.14 kg and in food intake time from 654.50 ± 138.98 to 774.95 ± 167.14. There was a decrease in the digestibility of CP from 0.08 kg to 0.04 kg and an increase in the digestibility of NDF from 0.65 kg to 0.82 kg. Although odontoplasty increased the time of hay intake and the digestibility of the fibrous fractions of the feed of ponies, it did not influence the intake of nutrients and the size of the fecal particles.

Effects of forage quality and particle size on feed intake and ruminoreticulum content of goats

The aim was to evaluate the effect of particle size and hay quality on feed intake, granulometric profile, and composition of the ruminoreticulum content in goats. We used 54 Alpine bucks in a completely randomized design with a factorial arrangement of 3 × 3. Treatments were a combination of Bermuda grass hay (Cynodon dactylon) with three quality levels: high (35 days), medium (50 days), and low (65 d) harvested at regrowth times. Were evaluated three particle sizes: small (16% ≥4.76 mm), medium (48% ≥4.76 mm), and large (75% ≥4.76 mm), which accounted for 66%, 75%, and 94% of physically effective fiber, respectively. Samples of offered diet, intake, and ruminoreticulum content were used to generate the granulometric profile. The offered diet, intake, and ruminoreticulum content presented different granulometric profiles regarding hay quality and particle size. Dry matter intake (DMI) and neutral detergent fiber intake (NDFI) increased (P < 0.05) when low-quality hay and large particles were offered. However, when particle size in low-quality hay was reduced, DMI and NDF decreased (P < 0.05). When analyzing the ruminoreticulum content (DM, NDF, peNDF, and indigestible DM), we did not observe any effect (P > 0.05) of hay quality or particle size on the variables. Thus, reducing hay quality and increasing particle size increase dry matter and fiber intake, presenting an interaction between forage quality and particle size. Forage quality and particle size promote intense selective behavior and chewing, which leads to a homogeneous content of particle profile in ruminoreticulum and a uniform average retention time.

Variação das massas de gordura e proteína corporal e dos órgãos viscerais de cabras Alpinas nos 60 dias de lactação

Objetivou-se mensurar a movimentação das massas de gordura e proteína corporal, além de quantificar as massas dos órgãos e vísceras de cabras Alpinas ao longo das oito semanas de lactação. Foram utilizadas 51 cabras multíparas da raça Alpina, alocadas em baias metabólicas individuais. As cabras foram distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos e seis repetições, sendo os tratamentos constituídos pelas semanas de lactação. Foram realizados abates sequenciais de seis cabras por semanas de lactação para mensuração das massas de gordura e proteína, e também o peso dos órgãos e vísceras. Ocorreu redução significativa na massa dos tecidos proteico e adiposo, porém de forma adversa, sendo que o tecido proteico foi mobilizado com maior intensidade nas primeiras duas semanas pós-parto, já a o tecido adiposo uma queda de forma constante. Não houve efeito sobre peso do fígado, rúmen, omaso, abomaso e intestino grosso, mas ocorreu redução nos pesos do intestino delgado, útero e glândula mamária. As cabras Alpinas nas três semanas pós-parto mobilizam não apenas gordura, mas também proteína corporal para atender a demanda de produção de leite. Somente o intestino delgado, útero e glândula mamária tiveram seus pesos afetados com as oito semanas de lactação.

Efetividade da fibra na nutrição de ruminantes

A produção de bovinos no Brasil se baseia na utilização de pasto, cujos recursos nutricionais são responsáveis pelo suprimento de grande parte das exigências de mantença e produção dos animais. A elevada taxa de crescimento das plantas forrageiras de clima tropical durante o período chuvoso acelera o processo de maturação, induzindo altos níveis de constituintes da parede celular. Os ruminantes possuem adaptações digestivas e metabólicas, a principal adaptação anatômica consiste na câmara de fermentação ruminal, onde os microorganismos ruminais atuam degradando os carboidratos fibrosos (e outros carboidratos presentes nos volumosos) em energia para seu próprio crescimento, gerando produtos que serão utilizados na síntese da proteína microbiana e precursores da glicose sanguínea, proteína e lipídios no organismo hospedeiro. Quando uma quantidade alta de fibra é incluída na dieta, a densidade energética diminui, o consumo e a produtividade podem ser reduzidos. Quando uma quantidade baixa de fibra entra na ração uma variedade de sintomas podem ocorrer devido a alterações no processo fermentativo ruminal. Algumas situações indicam que a falta de fibra efetiva é a causa da acidose e de baixo teor de gordura do leite. A FDN efetiva está relacionada com a habilidade total de um alimento manter a percentagem da gordura no leite. A FDN fisicamente efetiva está relacionada com as propriedades físicas da fibra (principalmente o tamanho da partícula) que estimula a atividade de mastigação e estabelece uma estratificação bifásica dos conteúdos ruminais. Com isso, conclui-se que a determinação da efetividade física dos alimentos é de fundamental importância na nutrição de ruminantes de alta produtividade, quando se trabalha próximo aos limites fisiológicos do animal.

Ionóforos e tampões na alimentação de ruminantes

Um dos métodos para reduzir custos com a alimentação, na produção animal, é através do uso de aditivos alimentares. Os efeitos principais dos aditivos alimentares são aumentar a eficiência alimentar e ou ganhos diários. Alguns aditivos têm outros benefícios que incluem redução da incidência de acidose, e coccidioses, enquanto outros suprimem o estro, reduzem abscessos e podridão de cascos. Dentre os aditivos liberados para o uso no Brasil e utilizados para ruminantes tem-se: tampões, ionóforos, antibióticos não ionóforos, enzimas fibrolíticas, leveduras, lipídeos, própolis, entre outros. Alguns desses não proporcionam um bom resultado em bovinos de corte mantidos a pasto, sendo de pouca utilização, é o caso dos tampões e das leveduras, que tem seu uso mais amplo na bovinocultura de leite e em sistemas de produção que utilizam dietas ricas em grãos. Outros ainda, estão em fase de pesquisa, exemplos seria o lipídeo e a própolis, utilizados como manipuladores ruminais. A manipulação da fermentação ruminal com a utilização de ionóforos, tem como principais objetivos aumentar a formação de ácido propiônico, diminuir a formação de metano (responsável pela perda de 2% a 12% da energia do alimento) e reduzir a proteólise e desaminação da proteína dietética no rúmen. Os tampões podem promover melhoria na produtividade e evitar problemas metabólicos no animal por neutralizar o excesso de ácidos produzidos no rúmen em situações onde os sistemas tamponantes do próprio animal, principalmente o fluxo salivar são inadequados. Os ionóforos melhoram a eficiência do metabolismo de energia alterando os tipos de ácidos graxos voláteis produzidos no rúmen e diminuindo a energia perdida pelo metano durante essa fermentação, melhorando o desempenho animal. O uso de aditivos tamponantes ou alcalinizantes é recomendado quando não é possível proporcionar uma fermentação ruminal adequada, somente com o manejo correto da alimentação animal.